Cinema |Quintas de Out. 21h30


06/10/2022
5 Câmaras Partidas (ficção, 94’) – Emad Burnat e Guy Davidi (Palestina, Israel, França. 2011)
A história de vida de um povo que luta pela sua liberdade.
Um filme extraordinário do ponto de vista cinematográfico, pessoal e de ativismo político. É a história de vida de um agricultor palestiniano e da resistência não violenta à ocupação israelita, numa pequena aldeia da margem ocidental. O documentário foi filmado quase inteiramente pelo próprio agricultor, Emad Burnat, que em 2005 comprou a primeira câmara para registar o nascimento do primeiro filho e continuou a filmar a vida da família e a da resistência dos habitantes da terra à ocupação israelita. Emad co-dirigiu o filme com o jornalista israelita Guy Davidi, a quem entregou as imagens gravadas. Cada uma das 5 câmaras conta uma parte diferente da história, da ocupação, do muro construído por Israel, da revolta dos habitantes locais, da violência e da morte de amigos. É um forte documento pessoal e político, que teve vários prémios internacionais.

13/10/2022
A casa, My Home (doc. 86’) – Radu Ciorniciuc (Roménia, 2020)
No deserto do Delta de Bucareste, nove crianças e os seus pais viveram em perfeita harmonia com a natureza por 20 anos, até serem perseguidos e forçados a adaptarem-se à vida na grande cidade.

20/10/2022
Bom Povo Português (doc. 135’) – Rui Simões (Portugal 1981)
Portugal entre dois momentos históricos cruciais. O PREC: entre o dia 25 de Abril de 1974 e o dia 25 de Novembro de 1975.
A Revolução dos Cravos e o Primeiro Governo Provisório. As manifestações do PS e do PCP. António de Spínola e o «bom povo». O direito à greve. Camponeses e operários, os campos e as fábricas. Vasco Gonçalves, as coligações políticas e o MFA. Mário Soares perante a contaminação fascista da administração pública. Álvaro Cunhal e o Portugal democrático e independente. Os actos de repressão pela GNR, as manifestações pela descolonização. A radicalização da vida política: o 28 de Setembro, o 11 de Março, o caso Torre Bela. As ocupações de prédios abandonados, a Reforma Agrária, o Norte e o Centro, Os Três Efes: Fátima, Futebol e Fado. Os retornados. Os avanços da social-democracia. Os casos do jornal República e da Rádio Renascença Os recuos do PS na revolução democrática. Os ataques a sedes dos partidos de esquerda. A Santa da Ladeira, a prisão de Otelo Saraiva de Carvalho e a entrada em cena de Ramalho Eanes.

27/10/2022
Edifício Master (doc. 110’) – Eduardo Coutinho, Brasil 2002
A identidade dos moradores, suas particularidades, suas condições e formas de vida são retratadas no edifício através de sua estrutura física, com misteriosos corredores. O ambiente é de decadência. Uma palavra que caracteriza o filme Edifício Master é diversidade.
Na produção de Edifício Master, o diretor e sua equipe mantiveram-se durante três semanas dentro do edifício, literalmente morando lá, com a intenção de que ocorresse uma ambientação entre a equipe que produzia o documentário e os moradores. Com o intuito de conhecer melhor as pessoas ali residentes, eles chegaram a entrevistar um total de 37 moradores, extraindo história íntimas e pessoais de cada um deles e estes foram escolhidos para serem os personagens principais do filme. A gravação do documentário durou 7 dias e se ocupou de gravar o cotidiano destas pessoas. Apesar do edifício Master estar localizado em uma área nobre da cidade do Rio de Janeiro, em Copacabana, a maioria de seus moradores pertence às classes média-baixa e baixa, principalmente comparando com a realidade da sociedade carioca. Os moradores do edifício são pessoas provenientes de diversos locais e origem, com idades diversas, e com diversas histórias de vida, mas habitando todas em um mesmo local. Estes mesmos moradores raramente se veem, ou nem sabem da existência um do outro.