Apresentação de "Narciso, o arquiteto do vazio" > Sáb. 14 Maio 18h


Sábado, 14 de Maio às 18h: Apresentação do livro «Narciso, o arquitecto do vazio» pelo seu autor Matthias Ammann, investigador suíço em estudos culturais e em Psicanálise.


Falar-se-á também sobre o narcisismo e vazio na sociedade contemporânea.

O livro é fruto de uma tese de doutoramento em Estudos Culturais e busca compreender algumas das origens mitológicas e psicanalíticas do mito de Narciso para depois demonstrar a apropriação e a expansão do narcisismo no capitalismo e os seus efeitos danosos para o trabalho, para a sexualidade, para a política e para a construção do saber.

Construção individual e social que na expectativa de expurgar a dor e o sofrimento – a morte, põe de lado a vida e os seus ciclos complexos e as diversidades.

Finalmente, parece haver uma forte relação entre o narcisismo e a fantasia de crescimento económico infinito que promove ampla destruição e exaustão ecológica, social e psíquica.

Mas também é verdade que já no mito de Narciso há indicações para como podemos remediar a loucura contemporânea, estas perpassam pela disponibilidade, pela desaceleração, pelo amor e pela aceitação da morte das partes ideais.

A apresentação é feita em português e a entrada é livre.

Evento no facebook: https://www.facebook.com/events/513572373838267/


NARCISO, O ARQUITETO DO VAZIO
de MatthiasAmmann

Narciso, tão belo e tão só!

O encanto contemporâneo das pessoas pela imagem reflexa é algo espantoso. Absortas nos seus smartphones, elas miram a si mesmas e se comprazem em um jogo que visa corresponder a uma imagem ideal. Mas será isto algo novo? E quais os impactos subjetivos desse ensimesmamento?

Para responder a essas perguntas, fizemos um breve apanhado mitológico e psicanalítico do tema e buscamos problematizar os seus eventuais desdobramentos sobre áreas como a sexualidade, a política, a produção de conhecimento e o trabalho.

Desfrutem do percurso!

MatthiasAmmann nasceu em Berna, Suíça, mas ainda pequeno a família emigrou para o Brasil. No Brasil, viveu na zona rural de Nova Friburgo até os dezoito anos quando se mudou para Campinas para fazer o bacharelado em Economia na Unicamp. Depois trabalhou por alguns anos em Brasília no Inep – autarquia ligada ao Ministério da Educação, e fez o mestrado em Educação na UnB. Em 2013, mudou-se para Portugal e fez o doutoramento em Estudos Culturais na Uminho. No meio tempo, fez uma formação em psicanálise pela Escola Paulista de Psicanálise e a outra pela Associação Portuguesa de Psicanálise e Psicoterapia Psicanalítica. Atualmente exerce a clínica psicanalítica e, no tempo livre, aprecia a natureza, a cultura popular e atua no ativismo climático.