Cinema Vivo: Filmes Experimentais do Médio Oriente e do Norte de África
todas as sextas de Fevereiro às 22h com sopa às 20h
04/02
Corre Lara Corre, de Larissa Sansour (Palestina, 2008, 02:14)
Vestida como uma espécie de super-heroína toda preta e com um capacete vermelho, Larissa Sansour se filma correndo pela Palestina. Visitando ruínas antigas e o Muro que divide Israel da Cisjordânia, Sansour corre para diferentes portões que sacode e percebe-se que talvez ela esteja procurando uma saída.
3494 Houses + 1 Fence, de Mireille & Fabian Astore (Austrália, 2006, 06:00)
Casas, limpas, bonitas, algumas com crianças a brincar na frente, colide com sons. Sons recordados de há muito tempo, talvez de uma das muitas guerras de Beirute, talvez mesmo de guerras futuras.
Wet Tiles, de Lamya Gargash (Emirados Árabes Unidos, 2003, 8'20)
Uma jovem está a ser preparada para um casamento arranjado. O uso de ângulos dramáticos, mudanças de exposição do filme e foco da câmara, servem para expressar seu estado interior de agitação, mas a história é mais implícita do que explicada.
Géographie Imaginaire, de Pauline M'barek (Tunísia/Alemanha, 2005, 15')
«O filme é baseado em observações muito íntimas que fiz durante os preparativos e os rituais tradicionais, por ocasião do casamento do meu primo na Tunísia. Um filme como um sonho estranho e vagamente obscuro de um dia quente estendido ao infinito, onde é apenas através de gestos, expressões faciais e sobretudo ruídos que se pode sentir o que acontece. Quando você não fala uma língua, tudo é música...»
Casas, limpas, bonitas, algumas com crianças a brincar na frente, colide com sons. Sons recordados de há muito tempo, talvez de uma das muitas guerras de Beirute, talvez mesmo de guerras futuras.
Wet Tiles, de Lamya Gargash (Emirados Árabes Unidos, 2003, 8'20)
Uma jovem está a ser preparada para um casamento arranjado. O uso de ângulos dramáticos, mudanças de exposição do filme e foco da câmara, servem para expressar seu estado interior de agitação, mas a história é mais implícita do que explicada.
Géographie Imaginaire, de Pauline M'barek (Tunísia/Alemanha, 2005, 15')
«O filme é baseado em observações muito íntimas que fiz durante os preparativos e os rituais tradicionais, por ocasião do casamento do meu primo na Tunísia. Um filme como um sonho estranho e vagamente obscuro de um dia quente estendido ao infinito, onde é apenas através de gestos, expressões faciais e sobretudo ruídos que se pode sentir o que acontece. Quando você não fala uma língua, tudo é música...»
11/02
Nouba, de Katia Kameli (Argélia, 2000, 05:13)
“Nouba” joga com a estética dos videoclipes e evoca uma realidade remota e exótica, ainda mais deslocada por uma música não territorializada. Este título é também uma homenagem ao filme de Assi Djebar, La Nouba du Mont-Chenoua (1977), o primeiro longa-metragem argelino realizado por uma diretora feminina, cuja protagonista principal é uma argelina emancipada.
Saving Face, de Jalal Toufic (Beirut, 2003, 07:20)
Os rostos dos candidatos afixados nas paredes do Líbano durante a campanha parlamentar de 2000. Muito melhor do que um lifting cirúrgico ou retoque digital, a remoção física do poster do rosto de um candidato para que o rosto de outro candidato aparecesse parcialmente sob ele.
O Desfile de Taos, de Nazim Djemai (Argélia, 2009, 18:43)
Taos, uma mulher muito bonita, encontra-se regularmente com um homem no zoo de Argel. Um dia, Taos espera em vão pelo seu amante.
18/02
Colored Photograph, de Waheeda Malullah (Bahrain, 2009, 01:38)
Numa reminiscência estética às campanhas United Colors of Benetton, Waheeda Malullah escolhe colorir um grupo de mulheres vestidas em Burqas pretas, congeladas num quadro fixo e frontal.
Revolution, de Khaled Hafez (Egito, 2006, 04:07)
Revolution é uma apresentação de vídeo de três telas em que Khaled Hafez designa a ideologia como uma das formas mais fortes de crença. A obra funciona como um tríptico clássico com três promessas (equidade social, liberdade, unidade) – promessas que a revolução não pode cumprir.
Histórias Retas, de Bouchra Khalili (Marrocos, 2006, 10:06)
“Histórias Retas” é a 1ª parte de um tríptico vídeo sobre deambulações em zonas de fronteira, onde a geografia física e a geografia da imaginação torna-se indistinguível.
Começamos Medindo a Distância, de Basma Alsharif ( Egito, 2009, 19:06)
Longos quadros estáticos, texto, linguagem e som são entrelaçados para desdobrar a narrativa de um grupo anônimo que preenche seu tempo medindo distâncias. Medidas inocentes transitam para medidas políticas, examinando como a imagem e o som comunicam a história.
25/02
Amer & Nasser, Irmãos Iraquianos, de Al Fadhil (Iraque, 2003, 05:11)
«Como se pode falar da morte sem mostrar os mortos? Ou experimentar o sofrimento sem ver as feridas? ˝Amer & Nasser˝, é um videograma extraído de um documentário sobre a rebelião do povo iraquiano em 1991, que se transformou em um banho de sangue.»
Parte sem título 3b: (como se) a beleza nunca acaba de Jayce Salloum (Líbano, 2003, 11:22)
Um ambiente de trabalho de muitas coisas, incluindo orquídeas a desabrochar e plantas a crescer, sobrepostas a imagens brutas de filmagens pós-massacre do massacre de palestinos em 1982 nos campos de refugiados de Sabra e Shatila, no Líbano.
Algumas Migalhas Para os Pássaros, de Nassim Amaouche (Iraque, 2005, 27:36)
«Ruwaysched é uma terra de ninguém junto à fronteira. A última povoação na Jordânia antes do Iraque... Fui para lá sem guião. Procurava uma história para o meu filme até que Anne-Marie, a diretora de fotografia, cantou uma canção de um grupo Iraqui-Palestiniano, dentro do nosso carro parado na fronteira.»
Nouba, de Katia Kameli (Argélia, 2000, 05:13)
“Nouba” joga com a estética dos videoclipes e evoca uma realidade remota e exótica, ainda mais deslocada por uma música não territorializada. Este título é também uma homenagem ao filme de Assi Djebar, La Nouba du Mont-Chenoua (1977), o primeiro longa-metragem argelino realizado por uma diretora feminina, cuja protagonista principal é uma argelina emancipada.
Saving Face, de Jalal Toufic (Beirut, 2003, 07:20)
Os rostos dos candidatos afixados nas paredes do Líbano durante a campanha parlamentar de 2000. Muito melhor do que um lifting cirúrgico ou retoque digital, a remoção física do poster do rosto de um candidato para que o rosto de outro candidato aparecesse parcialmente sob ele.
O Desfile de Taos, de Nazim Djemai (Argélia, 2009, 18:43)
Taos, uma mulher muito bonita, encontra-se regularmente com um homem no zoo de Argel. Um dia, Taos espera em vão pelo seu amante.
18/02
Colored Photograph, de Waheeda Malullah (Bahrain, 2009, 01:38)
Numa reminiscência estética às campanhas United Colors of Benetton, Waheeda Malullah escolhe colorir um grupo de mulheres vestidas em Burqas pretas, congeladas num quadro fixo e frontal.
Revolution, de Khaled Hafez (Egito, 2006, 04:07)
Revolution é uma apresentação de vídeo de três telas em que Khaled Hafez designa a ideologia como uma das formas mais fortes de crença. A obra funciona como um tríptico clássico com três promessas (equidade social, liberdade, unidade) – promessas que a revolução não pode cumprir.
Histórias Retas, de Bouchra Khalili (Marrocos, 2006, 10:06)
“Histórias Retas” é a 1ª parte de um tríptico vídeo sobre deambulações em zonas de fronteira, onde a geografia física e a geografia da imaginação torna-se indistinguível.
Começamos Medindo a Distância, de Basma Alsharif ( Egito, 2009, 19:06)
Longos quadros estáticos, texto, linguagem e som são entrelaçados para desdobrar a narrativa de um grupo anônimo que preenche seu tempo medindo distâncias. Medidas inocentes transitam para medidas políticas, examinando como a imagem e o som comunicam a história.
25/02
Amer & Nasser, Irmãos Iraquianos, de Al Fadhil (Iraque, 2003, 05:11)
«Como se pode falar da morte sem mostrar os mortos? Ou experimentar o sofrimento sem ver as feridas? ˝Amer & Nasser˝, é um videograma extraído de um documentário sobre a rebelião do povo iraquiano em 1991, que se transformou em um banho de sangue.»
Parte sem título 3b: (como se) a beleza nunca acaba de Jayce Salloum (Líbano, 2003, 11:22)
Um ambiente de trabalho de muitas coisas, incluindo orquídeas a desabrochar e plantas a crescer, sobrepostas a imagens brutas de filmagens pós-massacre do massacre de palestinos em 1982 nos campos de refugiados de Sabra e Shatila, no Líbano.
Algumas Migalhas Para os Pássaros, de Nassim Amaouche (Iraque, 2005, 27:36)
«Ruwaysched é uma terra de ninguém junto à fronteira. A última povoação na Jordânia antes do Iraque... Fui para lá sem guião. Procurava uma história para o meu filme até que Anne-Marie, a diretora de fotografia, cantou uma canção de um grupo Iraqui-Palestiniano, dentro do nosso carro parado na fronteira.»