É preciso ir apoiar as populações da região do Barroso
Dia 18 de janeiro, às 11h, vamos todos a Covas do Barroso
Há sete anos, as comunidades locais barrosãs levantaram-se contra uma mina de lítio à porta casa, proibindo a empresa Savannah Resources de aceder aos terrenos baldios, da junta de freguesia e de particulares.
Este impedimento vigorou até ao passado dia 6 de dezembro, momento em que a Secretária de Estado da Energia concedeu uma servidão administrativa autorizando o acesso da empresa aos terrenos. Durante um ano.
50 anos após o 25 de Abril, o Estado continua a impor projetos à força, indiferente à realidade e às vontades das pessoas, chamando tudo isto um “procedimento normal”.
Só que o que se passa é tudo menos normal. Não é normal colocar quatro minas a céu aberto a escassos metros de três aldeias. Não é normal esventrar a Serra, desviar cursos de água, destruir um modo de vida reconhecido como Património Agrícola Mundial.
Tampouco é normal menosprezar a voz das pessoas e atuar como se nada tivessem a dizer sobre o lugar que habitam, cuidam e amam.
A única coisa normal aqui é RESISTIR. Em defesa da Serra e dos modos de vida que dela dependem. E por um combate à crise ecológica justo, que apenas sacrifique os responsáveis pelo estado a que chegámos.
Não somos nem seremos meros territórios de extração. E nunca desistiremos de lutar: contra uma empresa, um Estado e todos aqueles que se uniram para acabar com a nossa comunidade.
Dia 18 de janeiro, às 11 horas, reunimo-nos no Largo do Cruzeiro de Covas do Barroso para rejeitar o despacho ministerial de obediência.
Traz comida para partilhar.
O tempo da servidão acabou!