TransEco > Umundu | 15 OUT

 

Economias Transformadoras em Portugal:

uma leitura a partir do TransEco


Sara Moreira & Cristina Parente |  Festival Umundu Lx, 15 de Outubro de 2020, 18h | + info


Propomos uma reflexão sobre o estado das economias transformadoras em Portugal a partir do ciclo “TransEco” ― um evento realizado no Gato Vadio em finais de 2019, que reuniu investigadores, praticantes e activistas de vários pontos do país numa série de tertúlias sobre outras formas de fazer economia que colocam “a vida e o planeta no centro”.

Em diálogo com o apelo às confluências lançado pelo Fórum Social Mundial das Economias Transformadoras (FSMET,  que decorre em duas etapas em 2020, em Barcelona e online, mobilizando redes e movimentos em todo o mundo), o TransEco juntou um conjunto de intervenientes das economias transformadoras em Portugal em torno de quatro eixos interpretativos do movimento: economia solidária e decrescimento, economias feministas, agroecologia e soberania alimentar, e os comuns. O objectivo era reconhecer e promover o diálogo entre diferentes manifestações destes eixos no território, explorando práticas sócio-económicas concretas à luz da realidade portuguesa e cruzando-as com questões levantadas pelo movimento internacional.

Destas tertúlias resulta um apanhado de alguns dos principais desafios, oportunidades, contradições, cercos e necessidades “sentipensados” por quem se dedica a estas “outras” economias em Portugal. Adoptando a matriz proposta pelo próprio FSMET para a devolução dos resultados das diferentes confluências, e seguindo uma metodologia de análise intensiva, reflectimos sobre questões que emergiram ao longo dos debates relacionando-as com quatro dimensões de transformação sistémica: relações e fluxos de poder, conhecimento, economia e finanças, natureza e sustentabilidade da vida.

Reconhecendo a incipiente articulação de um ecossistema ainda disperso em Portugal, e a necessidade de reforçar a visibilidade e as acções estratégicas do movimento, tentamos extrair 10 desafios para as economias transformadoras em Portugal. Ecoando o mote agregador na origem do conceito: aceitamos o repto?