SINOPSE:
Contextualizado no Portugal de finais dos anos 50 e inícios dos anos 60, o documentário é uma aproximação à vida, pensamento e obra de José Bação Leal, um jovem e promissor escritor, falecido em Moçambique durante a guerra colonial, com apenas 23 anos.
Com uma consciência política rara naqueles tempos, este jovem marcou fortemente as pessoas com quem conviveu, tanto pela sua curiosidade intelectual como pela resistência que demonstrou face ao regime fascista e pela sua postura anti-militarista dentro do próprio exército.
Após a sua morte, os amigos juntaram-se para editar, em forma de homenagem, os seus poemas e cartas. Em 1971, o seu pai reedita-o com um grande impacto no meio literário e intelectual. Será, nesse ano, o livro mais vendido na Feira do Livro de Lisboa, antes de ser apreendido pela PIDE.
O documentário flui a partir de testemunhos dos seus amigos mais próximos e da irmã, que nos propõem uma viagem sensível através de um país e de uma época em que "a única forma de se ser pessoa era ser rebelde", como diz um dos seus melhores amigos António Manuel Viana.
Luísa Marinho:
Jornalista desde 2000. Trabalhou na redacção de “O Comércio do Porto” entre 2000 e 2005, na secção de Cultura. Colaborou na publicação “Duas Colunas”, do Teatro Nacional São João, e em edições do Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Em 2000 e 2001 foi co-editora da revista “Aponte” editada pelo Jornal Universitário do Porto no âmbito do Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura. Foi co-editora literária da revista de literatura, música e artes visuais “aguasfurtadas”.
Elabora textos para o Festival de Teatro de Expressão Ibérica do Porto – FITEI e é coordenadora editorial do guia e programa do festival.
Esteve envolvida na programação e organização de ciclos de cinema em vários espaços culturais do Porto.
Realizou o filme documentário “Poeticamente Exausto, Verticalmente Só – A História de José Bação Leal”, estreado em 2007 no Festival DocLisboa.