«A anarquia é a mais alta expressão da ordem.»
Elisée Reclus «A tarefa dos professores, esses obscuros soldados da civilização, é dar ao povo os meios intelectuais de se revoltar.»
Louise Michel (1830-1905 )
«Não se trata de saber se as pessoas estão suficientemente preparadas para um novo tipo de sociedade; mais importante do que isso é apurar se o desenvolvimento de certo tipo de instituições sociais permitem a expansão das potencialidades do ser humana, como a inteligência, a sociabilidade e a liberdade.»
Paul Goodman (1911-1972)*
*Paul Goodman foi um prestigiado sociólogo, activista, intelectual e escritor anarquista norte-americano que se destacou durante os anos 60 na contra-cultura e no movimento dos estudantes, co-fundador da Gestalt Therapy, e considerado o Thoreau do século XX.
Anarquia e Anarquismo
18, 19 e 20 de Novembro
Palestra sobre Anarquia e Anarquismo
por J. M. Carvalho Ferreira ( da Revista Utopia)
Colóquio sobre Pós-anarquismo e as ideias libertárias no mundo contemporâneo,
Colóquio sobre Pós-anarquismo e as ideias libertárias no mundo contemporâneo,
por Viriato Porto ( autor do blogue Pimenta Negra)
Projecção do filme Memória Subversiva,
de José Tavares |
Palestra por J.M. Carvalho Ferreira ( da Revista Utopia)
Sexta-feira, 18 de Novembro, às 22h
O linguista e dissidente norte-americano N.Chomsky é hoje em dia um dos nomes incontornáveis do pensamento anarquista contemporâneo. Mas, na verdade, atrás dele, existe toda uma corrente de pensadores e activistas sociais anarquistas muito pouco conhecidos pela maior parte das pessoas, o que explica o desconhecimento sobre as ideias e as lutas do movimento anarquista ao longo do tempo, facto este a que não é certamente alheia a intenção deliberada do poder instituído de apagar da memória, a que alguns chamam epistemicídeo, as ideias e experiências que se levantaram historicamente contra a dominação e opressão económica e social.
Para tentar preencher esta lacuna convidámos J. M. Carvalho Ferreira, dinamizador da revista UTOPIA, e Professor catedrático de Sociologia na Universidade de Lisboa, para falar sobre a Anarquia e o Anarquismo.
Enquanto pensamento heterodoxo, o pensamento anarquista não é conceptualizável como uma doutrina política fechada, definitiva e dogmática. Daí a sua permanente reactualização face à evolução social e à emergência de novos horizontes teóricos.
Pós-anarquismo e as ideias libertárias no mundo contemporâneo
Colóquio por Viriato Porto ( autor do blogue Pimenta Negra)
Sábado, 19 de Novembro, às 22h
Enquanto pensamento heterodoxo, o pensamento anarquista não é conceptualizável como uma doutrina política fechada, definitiva e dogmática. Daí a sua permanente reactualização face à evolução social e à emergência de novos horizontes teóricos.
Equacionar os desafios contemporâneos do anarquismo, ultrapassar muitas ideias feitas, e até equívocos em que se enredaram até os próprios anarquistas, torna-se consequentemente um imperativo para quem defender o socialismo libertário em oposição ao socialismo autoritário. Recorde-se que as ideias libertárias ganharam fôlego a partir dos anos 60 e 70 do século XX e estão presentes hoje em muitos movimentos e experiências sociais espalhadas por todo o mundo.
O pós-anarquismo, ou neo-anarquismo, um novo campo de ideias libertárias, está a germinar muitos dos movimentos sociais contemporâneos que estão a nascer nas sociedades do capitalismo tardio. O pós-anarquismo, com todos os debates e reelaborações teóricas que arrasta consigo, é ainda relativamente desconhecido em Portugal.
A sua divulgação constituirá mais um contributo para a livre circulação de ideias libertárias e um reforço para as lutas sociais e a subversão do pensamento dominante?
Memória Subversiva
Projecção do filme de José Tavares
Domingo, 20 de Novembro, às 17h
Um documento sobre a história do movimento libertário português e o seu enquadramento no contexto da realidade internacional de épocas sucessivas. Memória Subversiva é um documento histórico único sobre as ideias e vidas radicais de alguns protagonistas das lutas operárias que marcaram a primeira metade do séc. XX.
José Tavares e Stafanie Zoche, autores do documentário, construíram um retrato simples, despretensioso e fidedigno de algumas vidas dos militantes que se envolveram na luta política através da CGT e do anarco-sindicalismo português, e cujo testemunho pessoal permite adivinhar as lutas travadas pela Liberdade e Justiça.