(…)
Quando eu atravessava os Rios impassíveis,
Senti-me libertar dos meus rebocadores.
Cruéis peles-vermelhas com uivos terríveis
Os espetaram nus em postes multicores.
Eu era indiferente à carga que trazia,
Gente, trigo flamengo ou algodão inglês.
Morta a tripulação e finda a algaravia,
Os Rios para mim se abriram de uma vez.
Imerso no furor do marulho oceânico,
No inverno, eu, surdo como um cérebro infantil,
Deslizava, enquanto as Penínsulas em pânico
Viam turbilhonar marés de verde e anil.
(Tradução: Augusto de Campos)
O barco ébrio
Leitura livre de poemas de Rimbaud
Quinta-feira, dia 19 de Fevereiro, 22h30
Gato Vadio
Leitura ébria e aberta a todos de poemas de Rimbaud. No original ou com a tua “língua”…Traz o livro e embarca na bebedeira…