Cinema Vivo às sextas às 20:30 - sopa com filme!
7 de Maio: Máscaras, de Noémia Delgado
21 de Maio: Jonas que terá vinte e cinco anos no ano 2000, de Alain Tanner.
28 de Maio: Lisboetas, de Sérgio Tréfaut.
Máscaras, de Noémia Delgado
116 min (1976), Documentário Antropológico
Ligados ao ciclo nascimento/vida/morte, estão representados todos os elementos correspondentes, através dos mascarados e seus rituais»
Maria Noémia de Freitas Delgado, montadora e realizadora portuguesa
Nascimento: 1933-06-07 Chibia, Angola · Morte: 2016-03-02 Lisboa
Em 1934 vai para Moçambique. Mais tarde segue cursos do Núcleo de Arte Integrada no grupo Novos de Moçambique, expondo colectivamente em Lourenço Marques e na África do Sul.
Em 1955 vem para Portugal e frequenta a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, no curso de escultura.
Em 1963 faz parte do grupo pioneiro do Cinema Novo em Portugal e começa a trabalhar no cinema, na área da Montagem. Foi assistente de montagem de Manoel de Oliveira e Paulo Rocha e realizadora, tendo realizado o último filme, Quem foste, Alvarez?, em 1988.
Máscaras, realizado em 1976, documentário sobre os caretos tradicionais de Trás-os-Montes, é uma das obras mais conhecidas de Noémia Delgado.
JONAS QUE TERÁ VINTE E CINCO ANOS NO ANO 2000, de Alain Tanner.
Ficção | 110 min | 35 mm | Colorido, PB | 1976 | Suíça
ALAIN TANNER nasceu em Genebra, Suíça, em 1929. Um dos mais importantes nomes e figura essencial do cinema moderno europeu, Alain Tanner foi um dos protagonistas da renovação da cinematografia suíça durante os anos 1960. Os seus filmes estão ligados intrinsecamente, de forma temática, ideológica e política, às transformações comportamentais pós-68, que modificaram a sociedade do velho continente. Em 1969, realizou Charles Morto ou Vivo, vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno; a longa-metragem ajudou a colocar a Suíça no mapa do cinema mundial. Ganhou destaque internacional com A Salamandra, de 1971. Também é realizador de outros longas, como Amantes no Meio do Mundo (1974); Jonas que Terá Vinte e Cinco Anos no Ano 2000 (1976), um dos filmes mais conhecidos da história do cinema suíço; Messidor (1978); Os Anos-Luz (1981); Na Cidade Branca (1982) e Jonas e Lila, Até Amanhã (1999).
LISBOETAS, de Sérgio Tréfaut.
100’, documentário | 2004
Sérgio Tréfaut nasceu no Brasil em 1965, em São Paulo, filho de pai português alentejano e de mãe francesa. O pai, o jornalista Miguel Urbano Rodrigues, militante comunista, exilou-se politicamente no Brasil desde 1957, onde foi editorialista do Estado de São Paulo. Quando Sérgio Tréfaut tinha 10 anos, o seu irmão mais velho foi torturado e quase assassinado pelos militares brasileiros. Nessa altura a família fugiu do Brasil para França. Em 1977 Sérgio vem para Lisboa, onde completa o ensino secundário no liceu francês. Entre 1983 e 1988 licencia-se em Filosofia na Sorbonne (Paris). A partir de 1988 regressa a Portugal, trabalhando como assistente de realização, jornalista e produtor. Em 2002 cria a sua própria produtora, Faux, com a qual realiza a maior parte dos seus filmes.