Aqui nas «conversas» acreditamos que a poesia é, nas actividades humanas, aquela mais indecidível, eclodindo algures a meia distância entre cultura e natureza. A poesia procura o lugar vivo dessa indecidibilidade e canta a partir dele. Esta rota do poético aplica-se com particular pertinência a José Carlos Marques, figura maior do movimento ecológico em Portugal, um dos raros a compreenderem que a voz humana nunca pode isolar-se e glorificar-se sem perder o seu lugar no mundo. É este poeta com mais de cinquenta anos de actividade poética que teremos connosco na próxima «conversa sobre o que a literatura pensa da vida». Leremos a sua poesia, falaremos de poesia, sua e de outros, já que é também tradutor e editor de uma revista dedicada à tradução poética, a DiVersos, e não esqueceremos o ecologista.