Foi há quase três décadas, que o movimento curdo saiu à luz como um movimento anti-colonial com o objectivo de transformar a sociedade curda através da eliminacão das relacões de exploração e o estabelecimento de um estado independente. E exactamente há 1 ano, 10 meses e 28 dias que um governo autónomo curdo foi declarado em Rojava com as suas assembleias cidadãs de niveis regionais, municipais e de vizinhos junto com academias, cooperativas e estructuras auto-governadas. No entanto, no outro lado da fronteira a violência pura e dura do estado turco esmaga com uma militarização sangrenta o povo curdo e leva a cabo a sua hegemonía com toda a ferocidade obscurecendo toda a esperança. Num momento global de êxtase pelas conquistas de movimentos de camponeses, de povos indígenas, de fábricas ocupadas, das mobilizacões urbanas em quase todo o mundo em que muitas acabam confrontadas por ataques neoliberais, uma reflexão colectiva é imprescindivel para podermos imaginar a emancipacão social e formas de vidas para além do capitalismo e do Estado com os seus espaços organizados desde baixo e autónomos não só pela liberdade dos curdos mas também por uma renovacão social e por uma auto determinacão dos povos do mundo.