Associação Saco de Gatos
(Livraria Gato Vadio)
Espaço reservado a sócios e seus convidados
Quarta, 13 de Março
Aberto das 19:00 às 24:00h
Quinta, 14 de Março
Aberto das 19:00 às 24:00h
Sexta, 15 de Março
Aberto das 19:00 às 02:00h
Aberto das 19:00 às 24:00h
Filmes + debate
DA REVOLTA CONTRA O TRABALHO ASSALARIADO AO DESEMPREGO COMO MODO DEVIDO
Com: Júlio Henriques
Na década de
1970, o movimento ofensivo dos trabalhadores estava em luta contra o
trabalho assalariado, apreendido como a forma de escravidão moderna. De
então para cá, o retrocesso político, comandado pelo desenvolvimento
tecnológico, criou sedutoras submissões voluntárias.
19:00h A classe operária vai para o paraíso [La clase operaia va in paradiso], de Elio Petri (Itália, 1971)
21:30h Themroc, de Claude Faraldo (França, 1972)
Quinta, 14 de Março
Aberto das 19:00 às 24:00h
Conversa: 21h30
O MITO DO PROGRESSO E AS ILUSÕES RENOVÁVEIS
O MITO DO PROGRESSO E AS ILUSÕES RENOVÁVEIS
Por: Félix Rodrigo Mora
No contexto de hiper-industrialização das
sociedades, as verdades fabricadas no invólucro “sociedade do
progresso” - o encantamento que provocaram, o seu uso manipulativo por
parte das elites políticas, a cumplicidade acrítica da tecno-ciência
universitária, o desastroso retrato social e ecológico que, nas últimas 3
décadas, veio à superfície na sequência da adopção económica dos
programas oficiais do progresso, etc. – não fizeram mais do que
legitimar uma gigantesca máquina de dominação que, em vez de libertar os
humanos, restringiu o seu espaço de autonomia e determinou o seu
destino social e político. Serviçais de uma megamáquina, incapazes do
cuidado de si, impotentes para autodeterminar as nossas necessidades e
de satisfazê-las por nossa conta, passámos a estar dependentes de um
regime total de profissionalização incapacitante e ficámos órfãos de um
projecto humano e social que consignasse a cada qual o controlo sobre as
suas vontades e decisões. A par com a narrativa do progresso e do
bem-estar, garantidos pela bênção da tecno-ciência, vieram as “ilusões
renováveis”, um conjunto de propostas do ecologismo reformista, como o
benquisto “desenvolvimento sustentável”, cedo integradas pelo sistema,
para recauchutar o seu programa de dominação e dar um pouco de viço à
fachada do capitalismo verde. A dimensão do controlo político, económico
e militar de uma elite sobre a maioria da população é inextricável da
extensão do domínio das fontes de energia exercido por essa mesma elite.
Félix Rodrigo Mora, escritor, filósofo e
historiador autodidacta, tem desenvolvido uma das mais aprofundadas
críticas, radical e independente, de que há registo sobre o tema da
“sociedade do progresso”, da tecno-ciência e da crise ecológica, quer em
colectivos (“Los Amigos de Ludd”), quer em vários livros de sua
autoria, como El giro estatolátrico. Repudio experiencial del Estado de
Bienestar (Maldecap, 2011) ou Seis estudios. Sobre política, historia,
tecnología, universidad, ética y pedagogía (Brulot, 2010) ou colaborando
em publicações como a Diagonal, The Ecologist,Generación.net, Soberanía alimentaria, biodiversidad y culturas, Agenda Viva, Madrid histórico.
Sexta, 15 de Março
Aberto das 19:00 às 02:00h
Conversa: 21h30
NÃO IMPORTA SE É POSSÍVEL, A REVOLUÇÃO É NECESSÁRIA
Por: Félix Rodrigo Mora
NÃO IMPORTA SE É POSSÍVEL, A REVOLUÇÃO É NECESSÁRIA
Por: Félix Rodrigo Mora
Mesmo entre as correntes teóricas
radicais, predomina um paradigma romantizado da revolução possível. O
possibilismo como raiz conceptual de uma ideia transformadora da
realidade tende a definir o seu programa de acordo com os limites da
realidade dada, caindo frequentemente em teses reformistas ou
salvacionistas. O domínio do possível pode ser tanto o substracto do
milagre de Fátima quanto a chama que tantas vezes alimenta as utopias
românticas. O possível é aquilo que atiramos para os amanhãs. É o
infinito, a metafísica, enquanto “comemos chocolates” e os políticos,
padres e polícias, nos tratam da saúde, pois todas as religiões “não
ensinam mais que a confeitaria” (Pessoa).
Ao conceito de “omnidade do possível” de
G. Bataille, só é possível contrapor a insubordinação ao infinito (dos
possíveis) e a recusa indefinida a toda a determinação. “É preciso
aceitar ser finito: estar aqui e em nenhum outro lugar, fazer isto e não
outra coisa, agora e não sempre, ou nunca; ter apenas esta vida” (André
Gorz).
A crítica ao possibilismo do pensamento
político é por extensão uma crítica que atinge a crise da esquerda,
denuncia a sua cultura parlamentar e flagra a sua descrença numa
transmutação real e radical dos valores e das instituições sociais.
Félix R. Mora é uma das poucas vozes
conhecidas que defende um processo revolucionário não enquanto
possibilidade, mas como necessidade. Se o que é possível pode ser
inevitável, o que é necessário não se pode evitar.
O autor de Crisis y utopía en el siglo
XXI (Maldecap, 2010) vê a profunda mudança social por meio da adopção da
prática revolucionária, como via necessária para atingir objectivos de
emancipação e de autonomia, e como forma de reverter o actual desastre
ecológico.
Performance poética: 00:00h
QUANDO A CABEÇA EXPLODE
Por: Júlio Henriques e Nuno Pinto
Sem chefes não há rebanhos e isto é uma grande catástrofe.
Sábado, 16 de Março
Aberto das 15:00 às 24:00h
Apresentações: 15:00h
FLAUTA DE LUZ - BOLETIM DE TOPOGRAFIA Nº1
Crítica social e da tecnologia/ Poesia ameríndia.
Por: Júlio Henriques (Editor e coordenador).
«O presente boletim tem como antepassados
as revistas “Subversão Internacional” (Lisboa, 1977-1981) e “Pravda -
Revista de Malasartes” (Coimbra, 1982-1992), bem como diversas incursões
nas revistas “Utopia”, “Coice de Mula” e “Cadernos Periféricos”. Os
primeiros números desta publicação coligem textos de vária procedência
que tendem para um diálogo subversor dos fundamentos do presente sistema
imperial» (do prólogo).
MAPA - JORNAL DE INFORMAÇÃO CRÍTICA
“Se existem, em Portugal, quase 3000
publicações periódicas porquê colocar mais um jornal em circulação? A
resposta está contida não na quantidade mas no tipo e na qualidade dos
jornais de massas e canais de informação que se avistam no terreno. O
seu principal objectivo não é a informação ou a educação mas sim a
criação de uma cultura de medo e a fabricação de opiniões. (..) Sob a
forma de jornal, publicam-se e difundem-se notícias, reportagens,
entrevistas, análises, fotografias e ilustrações que sejam um contributo
para ultrapassar o tal sistema económico e social baseado no dinheiro,
no poder, na dominação e na exploração. Em suma, tratam-se elementos
para a acção e o pensamento crítico” (do editorial).
BURACO - PASQUIM SATÍRICO PRÓ-LÍRICO
Lá do alto, onde as ideias e as acções não
são sempre pela mesma ordem, onde a ordem diz e ouve, onde a voz
circula em todas as bocas e onde todos, um a um, têm uma primavera por
onde florescer, dissipa-se a neblina e do mastro ouve-se gritar: “Mundo
novo à vista!”
OS MEDIA E AS "CRISES". UMA OFICINA DE AUTODEFESA
Por: Rui Pereira
Jantar/Convívio: 21:30h
ARROZ DE TRALHA
Vegetariano / não vegetariano
Preço: 3,5 gatos
Vegetariano / não vegetariano
Preço: 3,5 gatos
Inscrições abertas até ao dia 15 de Março através do e-mail monteravi@gmail.com
Domingo, 17 de Março
Aberto das 17:00 as 24:00h
Concerto-benefit: 17:00h
PAULO ALEXANDRE JORGE & BABY I LOVE YOU (In an Improvisational way!)
PEDRINHO, LUCA E BABI
A Associação Saco de Gatos agradece que não seja publicitada a sua programação (reservada aos seus associados e convidados) nos meios de comunicação social.