Violência, Poder e Submissão: Raízes do Mal (5ª), Praxes Académicas (Sábado), Rasganço (Domingo)


“Não pode haver amizade onde está a crueldade, a deslealdade, a injustiça. Entre os maus, quando se juntam, há uma conspiração, não uma companhia. Eles não se entre-amam, mas entre-temem-se, não são amigos, mas cúmplices.”, La Boétie.

“Decidi não mais servir e sereis livres”, La Boétie.
Violência, Poder e Submissão: Raízes do Mal (5ª), Praxes Académicas (Sábado), Rasganço (Domingo)

AS PRAXES SÃO PRÁTICAS SADO-MASOQUISTAS, NÃO TÊM PIADINHA ALGUMA NEM SERVEM PARA INTEGRAR.




Evil ou as Raízes do Mal, de Mikael Hafstrom
Filme, 2003
Quinta-feira, 6 de Outubro, 22h
Entrada Livre


Sinopse:
Suécia, década de 50 – O jovem Erik Ponti é espancado continuamente pelo padastro. Nesses momentos de violência, a mãe de Erik, sem saber mais o que fazer, senta-se ao piano a tocar alguma música. O adolescente descarrega a sua fúria em lutas no colégio. Depois de aleijar severamente um dos colegas, Erik é expulso da escola e impedido de frequentar outro estabelecimento público no espaço de um ano. Entra no prestigiado colégio de Stjärnberg, onde a disciplina é mantida pelos alunos mais velhos, chefiados pelo arrogante e sádico Otto Silverhielm, sem qualquer controlo por parte da direcção ou dos professores.




Praxe Académica – Integração para uma prática de subordinação?
Debate com Luísa Saavedra
Sábado, 7 de Outubro, 22h
Entrada Livre

A praxe académica é um ritual iniciático executado dentro de uma relação desigual de poder. Na prática, a praxe traduz-se na humilhação dos novos alunos, através de actos de violência física ou psicológica, intencionais, repetidos e angustiantes, com o pretexto da sua integração.



Rasganço, de Raquel Freire
Filme, 2001
Domingo, 8 de Outubro, 18h
Entrada Livre
Sinopse:
Edgar chega à cidade como um anjo puro e envolve-se com três mulheres diferentes, Ana Rita, uma estudante inocente, Maria dos Anjos, e com Dr.ª Zita Portugal (Isabel Ruth), a amante influente que o vai orientar neste estranho espaço social. Edgar começa a trabalhar e sonha um dia ingressar na faculdade e tirar Direito. Mas quando esse sonho se desvanece e as portas começam a ser fechadas ele transforma-se e começa a odiar tudo o que tenha a ver com a academia. Um estranho crime começa então a abalar o meio estudantil. Algumas estudantes começam a ser violadas e quando são libertadas as jovens vêm marcadas no peito com as palavras: AAC; U; SABER e PODER. Um anjo negro aflora e o nome do filme, adquire assim, um duplo sentido: por um lado simboliza a praxe académica de rasgar os trajes no final do curso, por outro é a marca animalesca deixada por Edgar no corpo das estudantes.